quinta-feira, março 01, 2012

Madrid

Já fui e já vim... mas já não volto lá mais.
Gostei da cidade e gostei das pessoas, até que foram simpáticos, mais que em Barcelona, mas em termos de beleza e interesse cultural, Barcelona bate aos pontos Madrid, em muito.

Comemos melhor em Madrid do que em Barcelona e não ficámos com a sensação de termos sido enganados, o que acontece em Barcelona, pois nos restaurantes e nos cafés não nos servem bem e cobram em demasia quando vêem que somos estrangeiros, não são muito amigos dos turistas os catalães.

Fomos na Quinta e regressámos na Segunda, mas no Domingo já estava a desejar que chegasse o dia do regresso, o que não é muito normal quando estamos de férias. Mas já estavámos cansados de Madrid, já tinhamos visitado todos os espaços de interesse, andámos na boa, nesses quatro dias, 30km e eu cheia de dores no tornozelo direito, devido a um jeito qualquer que dei, não sei onde nem quando nem porquê, enfim...

O nosso hostel ficava perto do Sol, a  principal praça da cidade, quando saímos do metro demos de caras com um local cheio de pessoas, mal se via o chão. Pessoas que simplesmente passavam por ali a caminho de algum outro local, pessoas paradas a ver quem passava, entre os quais carteiristas, claro, pessoas sentadas nos degraus da fonte, a comer, a conversar, a ver as vistas e muita polícia. Andámos um bocado às voltas à procura da rua que nos levaria ao hostel e lá a descobrimos. Calle del Principe. Adorei as ruas que me levaram até lá e os prédios, com diferentes estilos de arquitectura, bem como a decoração das lojas e cafés da zona.

Depois de fazermos o check-in fomos andar sem destino pré-definido, é o que mais gosto de fazer, andar e descobrir a cidade, tropeçar num monumento ou num local de interesse sem saber como fui lá parar, gosto do acaso e das oportunidades, já a cara metade é completamente o oposto, não gosta de andar "às voltas" e por ele iamos de metro a todo lado, claro que depois era ouvi-lo a queixar-se que tinha gasto muito dinheiro. Nessa primeira volta demos de caras com o museu do Prado, a grande avenida do Paseo del Prado e lá ao fundo a estação de Atocha. Depois subimos por outra rua e fomos dar novamente ao Sol, onde engrenámos numa das ruas que vão dar à Gran Via e percorremo-la parcialmente.

A Gran Via também não é nada de especial, pelos menos para mim, é como Las Ramblas em Barcelona, toda a gente fala nelas e depois, na realidade, o que se ouve é muito melhor do que o que se vê. Ok, vi uma limusina branca Hummer na Gran Via e não é algo que se veja todos os dias. De resto, vi muitos Macdonald's, Pans&Company, Burguer Kings e KFC's, além das lojas/cafés/restaurantes típicos de Madrid, tudo com esplanadas juntinho a uma estrada enorme, onde os carros abundam para um lado e para o outro, juntamente com todos os gases que libertam. Não é, de facto, algo que me agrade e que me encha as medidas.

Em resumo, a parte mais agradável da minha ida a Madrid foi mesmo o dia que passámos no Parque del Retiro. Comprámos comida no supermercado do El Corte Inglès e seguimos para o Parque. Logo às 11h da manhã o parque já estava apinhado de gente, os barcos de aluguer no lago estavam praticamente todos a uso e a criançada sentadita no chão à volta dos teatros de marionetas. Estava muito quente nesse dia, então era ver madrilenos e turistas de t-shirt sentados ou deitados na relva a apanhar sol e a fazer piqueniques, e é isso que me enche as medidas, ver pessoas a confraternizar num ambiente saudável. Foi muito bom e aconselho-o a todos os que visitam Madrid.

Vimos o Palácio Real, a Plaza Mayor, o Templo de Débod (por fora, eles fecham à hora de almoço), visitámos o Mercado de San Miguel e fiquei com pena de não termos lá voltado segunda vez, entrámos no Museu Reina Sofia (ao domingo é gratuito) e tive de ir ao Santiago de Bernabéu, única exigência da cara metade. Adorámos as sandes de presunto, chorizo e queijo no Museo del Jamon (1€ cada!!!) e numa das saídas da Plaza Mayor há uma loja super super amorosa, que vende bolinhos caseiros, rebuçados, chocolates, chupas e torrões, que podemos comprar avulso ou para encher uma das muitas caixinhas metálicas que decoram a loja e lhe dão um ar muito kitsch. Entrei lá três vezes, sempre indecisa sobre o que havia de trazer e no final não comprei nada, fiquei arrependida claro, mas íamos com um budjet e aquilo certamente ia ultrapassá-lo.

Se calhar até sou capaz de voltar a Madrid, a caminho de outro destino qualquer lol, só para me perder naquela loja, revisitar o Mercado de San Miguel e para comer mais uma sandocha de queijo Manchego no Museo del Jamon, ahhh e também para fazer compras numa daquelas lojas (Stradivarius, Zara, Berska) que ocupam um prédio inteirinho de quatro andares. Temptation at its worst... 

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