quarta-feira, junho 20, 2012

Desabafos

Li que para se poder escrever um livro temos que nos obrigar a escrever todos os dias, escrever sobre tudo ou sobre nada, apenas escrever, sentar em frente ao computador ou a um pedaço de papel e deixar as palavras fluírem, só assim é que pode nascer um escritor. Eu gosto de escrever, tenho mil e uma ideias sobre histórias e temas sobre os quais dissertar, mas é por vezes difícil passa-las para o papel, ordenar as ideias sem querer andar muito depressa na história, acabo por atropelar os meus próprios pensamentos e depois fico frustrada, a inspiração desvanece-se e deixo os textos a meio, incompletos, fragmentos da minha alma espalhada nestas folhas virtuais, dedicadas a ninguém ou a toda gente.

Queria fazer tantas coisas, voltar à universidade, fazer voluntariado, iniciar um curso de escrita criativa, caminhar na praia, andar de bicicleta, mas os dias, as semanas, os meses, parecem-me tão curtos, tão cheios que acho que não tenho tempo para nada, e já agora também não tenho dinheiro para fazer algumas das coisas que gostaria. E sinto-me frustrada, por não conseguir mudar a vida que me amordaça, por não ter a força de vontade para mudar o que não gosto e o que precisa de mudar. Já é uma luta enorme sair da minha cama de manhã para ir ao ginásio, no entanto, esse pequeno gesto faz-me ver que afinal até consigo mudar alguma coisa, mas e o resto?

Não há dia em que não pense se quero ou não ter filhos, isso atormenta-me constantemente e acho que não devia ser assim. Já não sei se é por eu não querer mesmo um filho se por ter medo de não o conseguir ter. Por um lado penso que ao deixar a pílula os sintomas de SOP vão reaparecer, os pelos, a queda mais acentuada de cabelo, o aumento do peso, o que para uma mulher, ainda mais de 25 anos, não é nada agradável, mas por um filho valeria a pena, certo? Mas e se depois deste pequeno sacrifício eu não conseguir engravidar? A ginecologista disse que é preciso tentar durante um ano e só depois se pode falar em infertilidade (até me tremem as mãos a escrever esta palavra) e nos tratamentos para mesma, mas não sei se quero passar por isso, não acho que tenha forças e nem acho que quero assim tanto um bebé. Não estou preparada para abdicar da minha liberdade, de não ter horários para comer, de não ter obrigação de cozinhar, essas coisas que com um bebé não se pode mesmo evitar. Os meus pais e os meus sogros estão longe, por isso só posso contar comigo e com a cara-metade, que nem sempre é de se fiar em assuntos de grande responsabilidade, mas ele quer um bebé, ou acha que quer, porque quando eu lhe falei nestas coisas todas que teríamos de abdicar, calou-se. Homens…  às vezes não gosto nada da minha vida, noutros sinto-me culpada por sentir isso quando tanta gente passa pior que eu, detesto a minha consciência …

Sem título I

O dia começou como outros tantos, o sol brilhava, os pássaros cantavam, as pessoas iniciavam os seus dias correndo de um transporte para o outro, para poderem chegar a tempo ao trabalho ou ao sítio onde tinham de estar, eu caminhava calmamente, sem destino aparente, observando a vida que me rodeava, que me acolhia sem fazer perguntas, ignorando a minha existência e aceitando-me como mais uma. E dessa parte eu gostava, de não me destacar, de não ter olhos direcionados a mim, de passar por sendo mais uma, uma pessoa entre tantas outras, sem nada que a distinga e faça sobressair, mas de vez em quando um ou outro olhar se encontrava com o meu e eu aparecia, mas não como queria aparecer, o eu que se espelhava naquele olhar era um eu que pedia cuidados, que apelava à pena, à tristeza e desse eu, eu não gostava.

sábado, maio 12, 2012

Gosto / Não gosto

Gosto do mar, do cheiro a maresia, de sentir a areia fria nos pés, gosto de estar confortável, não gosto de muito calor, gosto de sentir o frio e de estar em casa nos dias frios, no sofá com cobertores e a cara metade. Gosto de ir ao ginásio e andar na passadeira, não gosto de não conseguir fazer os exercícios que a PT me manda fazer, não gosto de transpirar sem parar, gosto do banhinho que se segue ao exercício, apesar de às vezes mal me aguentar em pé. Não gosto de mentiras,de deslealdade, de falta de humildade, não gosto de pessoas que não saibam dar o benefício da dúvida e de pessoas que abandonam os animais. Não gosto dos condutores que não respeitam os peões, não gosto de conduzir, nem de velocidade, gosto de andar de comboio e de autocarro, não gosto do metro nem das pessoas que não respeitam o espaço dos outros. Gosto de animais, especialmente de cães, gosto dos meus cães, não gosto de lagartixas (não tenho medo delas, tenho asco). Gosto de cinema, de música, de séries de televisão, gosto de ler, gosto de piadas inteligentes, não gosto de filmes de comédia absurdos, não gosto do Jim Carrey, nem do Ben Stiller, gosto de filmes de acção e de fantasia. Gosto da Fnac, da Stradivarius, do Ikea e da Decathlon, gosto do Pingo Doce, não gosto da fruta do Jumbo/Continente (é congelada e muitas vezes ainda vem gelada), gosto de fazer compras para a casa, de experimentar produtos novos, não gosto de limpar a casa, mas gosto de estender a roupa. Não gosto de futebol, nem de desportos motorizados, gosto de ir a concertos e a festivais, mas não gosto do tempo de espera. Gosto de ir ao dentista e de fazer análises (faço-as tão regularmente), não gosto das minhas doenças, nem de ter de tomar comprimidos todos os dias. Gosto de mim, da cara metade, dos meus sobrinhos, dos meus manos e dos meus pais, não gosto da minha cunhada, nem que ela tenha afastado o meu mano do resto da família. Gosto da minha casa e do sítio onde moro. Gosto de escrever e de comer, gosto de viajar, gosto de Barcelona e de Roma, não gosto de ruas sujas e escuras, nem de pessoas que cospem para o chão. Gosto de peixe, de entrecosto, do doce da casa, gosto de fazer bolos, mas nem por isso de os comer, gosto de cozinhar para as outras pessoas, mas não gosto de cozinhar por obrigação. Gosto de bébes, mas não gosto de não querer um, por sentir que vou perder a minha liberdade. Não gosto de me sentir egoísta, gosto daquilo que já alcancei, de me ter emancipado aos 19 anos, de ter tirado a minha licenciatura e de ter comprado a minha casa. Gosto disto...

quinta-feira, maio 03, 2012

Já 10 anos?!...

No próximo dia 08 de Maio eu e a cara metade fazemos dez anos de namoro. Para ser mais precisa, três foram de namoro e sete de vida de comum. Comecei a namorar com ele tinha 16 anos e ele 21, foi o primeiro namorado a sério, não foi o primeiro amor, mas é o meu grande amor.

Conhecemo-nos via internet (na altura era um grande cliché...), começámos a conversar no mIRC (onde isso já vai lol) e como eu estudava em Setúbal na altura, e ele morava em Setúbal, marcámos lá o nosso primeiro encontro, mas isto depois de semanas a falarmos via internet. Fui eu a dar o primeiro beijo, grande desavergonhada, mas nunca houve um pedido oficial de namoro, as coisas foram se desenrolando e dez anos depois, cá estamos.

Quanto tinha 19 anos alugámos a nossa primeira casa, no Alto dos Moinhos em Lisboa, e em 2009 inicíámos a busca do nosso ninho permanente, onde hoje vivemos felizes e contentes.

Isto para dizer que no próximo dia 08 de Maio é feriado para nós. Vamos passear até à Quinta da Regaleira e quem sabe comer uns docinhos na "Periquita", esperando que os próximos anos continuem a fortalecer a nossa amizade, a nossa cumplicidade, o nosso amor e a rechear a nossa vida de coisas boas e alegres. :)

(Roma foi lindoooooo, tenho 1000 e tal fotos para o comprovar, 530 foram reveladas para o papel e esperam tempo e paciência - da minha parte - para encher o álbum onde vão eternizar esta viagem, que vai merecer, com toda a certeza, um encore...)

sexta-feira, março 09, 2012

Quem vai a Roma em Abril, quem é?

Eu e a cara metade pois claro. :)
Sim, eu sei, ainda há pouco tempo fomos a Madrid e agora vamos a Roma...
Acontece que em Janeiro a Easyjet (my preciousssss) tinha umas promoções fantásticas, para quem marcasse viagens entre Fevereiro e Maio e claro que eu não podia deixar escapar. No resto do ano, ficamos a pão e água que é para aprender a não ser garganeira. Adoro viajar, tenho montes de destinos que quero conhecer, para já, a Europa é o que está mais à mão e temos de começar por algum lado.

Já fomos a Barcelona, a Madrid e eu já conheço Paris, foi lá a minha viagem de finalistas do 9ºano, quando tudo ia para Palma de Maiorca, nós fomos para Paris e foi uma viagem que vai ficar na minha memória para sempre. Além de ter ido com os meus amigos de muitos anos, conheci uma das cidades mais maravilhosas do mundo, fomos à Eurodisney e ao Parque Astérix, vimos a Torre Eiffel, o museu do Louvre, o Arco do Triunfo, o Palácio de Versailles, os jardins do Luxemburgo, La Géode e muito mais, foram sete dias únicos. Ficaram as saudades e as (boas) memórias...

Em suma, estou excitadíssima por conhecer Roma, decerto não será nada como Madrid, só espero não me desiludir com a comida, porque sou muito esquisita no que toca aos molhos e aos sabores que fogem muito daquilo a que estou acostumada, talvez não seja mau de todo, afinal estou de dieta... ou será que não estou? Não gosto desta palavra! Roma... aiiii e os italianos? Estou excitadíssima, já disse? Falta um mês...

Nutrição rima com pão (não? faz de conta então...)

Considero-me uma pessoa inteligente, minimamente inteligente, vá, para parecer modesta e sei o que devo comer, o que devo evitar e o que não devo de todo comer. Leio bastante e vejo muita televisão (o meu outro vício além dos livros) onde o tema da nutrição é sobejamente abordado, quer por profissionais da área, quer por leigos. O pior são aquelas tentações que não consigo mesmo evitar, que de vez em quando lá tem de ser, quer dizer, muitas vezes cedo, porém também me consigo controlar bem quando quero.

As minhas maiores tentações são, sem dúvida, o pão, os pastéis de nata (consigo resistir a tudo o que é bolo, mas ao pastel de nata, não, com uma bica cheia -sem açúcar- hmmm... haverá coisa melhor?) e as batatas fritas, das caseiras, congeladas só quando tenho muita pressa. Acho que são três coisas a que não consigo mesmo, mesmo, mesmo resistir. De resto, do que faz muito mal, acho que consigo passar bem sem, Macdonald's, já não sabe ao mesmo de há dez anos, pizzas não faço questão nenhuma de comer, refrigerantes também não, prefiro os compais e o ice tea (apesar de também terem muito açúcar), mas raramente bebo, já àgua devia beber muito mais, acho que nem chego ao um litro por dia e esse é o meu maior mal, não me consigo obrigar a beber àgua, é só mesmo quando tenho sede. Também gosto muito de sopa, vegetais e frutinha, no entanto, não os como em quantidades suficientes.

O meu horário de trabalho também não me deixa fazer as refeições a horas decentes, daí que das seis refeições recomendadas só consiga fazer três às vezes quatro por dia e ao fim de semana fica tudo desregulado também. É díficil seguir um regime adequado de alimentação quando existem tantas condicionantes e tentações, mas eu sou bastante teimosa e hei-de conseguir perder estes malditos quilos a mais, alguns pelo menos... algum conselho? Eu sei que vocês andam por aí, não querem é falar comigo!!! Sinto-me tão sozinha, aqui no universo da blogoesfera... snif...

terça-feira, março 06, 2012

Tempo

É engraçado como o tempo passa. Uns dias mais depressa, outros mais devagar, num minuto estamos em Janeiro no outro já é Agosto. Passam as estações, o clima e a temperatura alteram-se, os anos terminam e começam novos e nos entretantos vamos vivendo. Trabalho, casa, férias, família, amigos, pessoas que passam por nós e nós a passar pelas pessoas. Num momento somos crianças, sem preocupações nem grandes responsabilidades, no outro somos adultos com tudo o que isso acarreta e conhecemos pessoas, aproximamo-nos de umas enquanto outras, seguindo o seu rumo na vida, se afastam e crescem longe de nós. Crianças nascem, morrem os velhos e outros tantos novos, nasce uma árvore, outras mil são abatidas, a vida prossegue o seu caminho e o tempo lá vai passando, uns dias mais depressa, outros mais devagar…

Os filmes da minha vida


Adoro cinema e gosto muito da arte de representar, de bem representar, do trabalho que certos actores têm para compor uma personagem, quer seja mudar a sua pronúncia, mudar o aspecto físico, aprender a dançar, ter aulas de canto, seja o que for, e acho que isso tem o seu mérito e deve ser tido em conta quando avaliamos esta profissão. Ser actor não é só ter uma vida glamorosa, ou ser conhecido, tem consequências e exigências.

Tendo isso em conta segue então uma lista (resumida talvez...) dos filmes que marcaram a minha vida até ao momento.

Em primeiríssimo lugar Dirty Dancing, de 1987, ainda nem um aninho eu tinha. Vi-o  pela primeira vez quando tinha, talvez, dez ou doze anos e o filme tinha sido gravado por um dos meus manos nas já velhinhas e obsoletas VHS. Vi-o a primeira vez e fiquei vidrada, o Patrick Swayze era um deus para mim, dançava bem, era lindo, era meigo com a sua Baby (Jennifer Grey) e enfrentou os pais dela para ficarem juntos, achei lindo, na inocência dos meus dez/doze anos era aquilo que eu queria que me acontecesse quando encontrasse o meu príncipe (mas não foi nada assim!). E a banda sonora? Amo! Fiquei uma bocado (bué mesmo!) danada quando os Black Eyed Peas fizeram uma versão do "(I’ve Had) The Time of My Life", estragaram completamente a música para mim, já não podia ouvir a música na rádio, raios parta os Black Eyed Peas! Bem, tristezas à parte, ainda hoje adoro o filme e acho que vou sempre adorá-lo, tenho o DVD e a banda sonora e muito boas memórias. Os bons partem sempre demasiado cedo...

Em segundo lugar, Braveheart, de 1995, pelos belos olhos azuis do Mel Gibson, pela história de amor que a personagem vive e que a "incendeia", pela luta da liberdade e pela lição de história que nos dá. As cenas de guerra estão brutais, com demasiado sangue à mistura talvez, o sotaque escocês que me apaixonou e me fez ansiar por visitar a Escócia e aquelas paisagens e aquela última cena, quando cortam a cabeça a William Wallace e ele vê o seu amor, Murron MacClannough, no meio da multidão e o lenço, que ele guardou desde que ela foi morta, cai... é de ir às lágrimas, sempre que o revejo. Gosto mesmo muito! E também aprecio o Mel Gibson como realizador, gosto que ele não tenha papas na língua e aborde temas tabus, gosto que nos filmes dele, nomeadamente, The Passion of the Christ e Apocalypto, as personagens não falem em inglês, como de resto acontece em tantos outros filmes de Hollywood passados em países e épocas diferentes. Obrigada Mel Gibson, por seres diferente/inteligente no que toca à realização/produção de filmes, mas era escusado beberes tanto e seres cabeça de cartaz de alguns escândalos...


Em terceiro lugar, de 2009, Avatar. Pela inovação, pela história maravilhosa, pelo Sam Worthington, que tem uma voz que eu adoro, pela fantasia e pela imaginação dos guionistas, da fotografia linda e das criaturas fabulásticas criadas. Já para não falar da complicada missão dos actores trabalharem, constantemente, com um ecrã azul/verde por trás, já que as paisagens foram, maioritariamente, criadas no computador. Penso que isso deve ser complicado e exigir concentração, além de concertação, pois têm de controlar os movimentos, bem como dizer as falas enquanto imaginam que naquele ecrã azul/verde estão as criaturas/personagens com quem, supostamente, estão a interagir. Acho que merecem algum (muito) mérito e por isso também integram a minha lista. Aguardo pelo segundo filme, com muita ansiedade. :)

Por agora fico-me com estes três filmes, claro que a lista continua...

segunda-feira, março 05, 2012

Ser mulher

Enquanto lia uma revista do mundo cor de rosa (sim, também tenho alguns devaneios literários!) deparei-me com uma pergunta feita à Catarina Furtado e que era assim:

"Freud disse que em 30 anos de pesquisa da alma feminina nunca conseguiu encontrar resposta para a grande questão: que quer uma mulher? Será assim tão difícil?"

Ao que a apresentadora responde: "Se Freud não conseguiu, quem sou eu? Tenho uma grande vantagem em relação a ele, sou mulher e gosto muito embora também dê algumas dores de cabeça, porque pensamos muito."

Embora não tenha respondido à questão, a apresentadora disse uma coisa com a qual concordo plenamente e da qual sou o espelho, as mulheres pensam muito, e se tivesse que escolher uma frase que me descrevesse seria essa. Penso muito, penso no que fiz, no que poderia ter feito, no que tenho para fazer, por que tenho de o fazer, o que faria se estivesse numa determinada situação e o porquê de ter agido de certa maneira. Quando me deito, caso não tenha muito sono, ou pensando melhor, mesmo quando o tenho, não consigo calar o meu cérebro e quando dou por mim já passaram duas horas e ainda não peguei no sono.

A cara metade ao meu lado já está a sonhar (e a ressonar...) enquanto eu estou a pensar no que fazer para o jantar no dia seguinte, ou a organizar o meu dia mentalmente, ou a decidir o que vou vestir no dia seguinte, se preciso de lavar o cabelo, se vou ao ginásio, o que comi naquele dia que podia ter evitado, enfim, uma variedade de pensamentos inúteis que me roubam horas preciosas de sono. O pior é quando estes pensamentos não são tão frívolos, quando penso na minha existência, na minha saúde e dos que me rodeiam, nos meus avós que já faleceram e com os quais não passei o tempo suficiente, no ter ou não ter filhos, se sou boa ou má pessoa e se as pessoas que me rodeiam acham que sou boa ou má pessoa. Acho que estas são questões sobre as quais apenas as mulheres pensam e que lhes atormentam o sono e a existência, não creio que os homens liguem tanto a estas coisas como nós, acho que está nos genes femininos esta coisa da preocupação e da constante análise do que nos rodeia, obviamente não é nada que consigamos desligar, por mais que nos apeteça.

Por isso, acho que também não seria capaz de responder àquela questão, eu não sei o que quero, não sei o que outras mulheres possam querer e acho que nunca irei saber. Claro que quero ser feliz, seja lá o que isso for, quero amar e ser amada, seja lá o que isso for, quero viajar, quero ser bem sucedida, quero ajudar os animais abandonados, as crianças abandonadas e os velhos abandonados, quero, quero, quero, mas não posso ter tudo...

domingo, março 04, 2012

Ontem, hoje e amanhã

Este fim de semana,como não podia deixar de ser, passou a correr, mas foi produtivo, fiz praticamente tudo aquilo que tinha planeado. Ainda assim, se tivesse mais tempo, acredito que arranjava mais coisas para fazer.

No domingo acordámos cedo e fomos ao mercado de Corroios. As nossas meias rotas já estavam a precisar de reforma e nada melhor que nove pares a 5€ para as substituir. Gosto de mercados e adoro pechinchas! Como a vontade de gastar € em roupa ainda mal tinha sido saciada rumámos ao Almada Fórum. Comprei um casaco de meia estação que estava a fazer-me falta e que já andava à procura há algum tempo. A cara metade também comprou um, mas tipo blazer, com uma gola em malha, muito giro, no entanto, fiquei um bocado surpresa por ele querer um casaco daquele estilo, que não é nada o dele, enfim, diz que é para o caso de ter de comparecer a reuniões mais formais.

Muito bem, o meu homem está a crescer ;p

 Depois encontrei mais umas pechinchas na Casa, que também andava à procura há algum tempo, em seguida fomos ao Leroy Merlin, loja onde também gosto muito de passar o meu tempo, a ver tudo, não é só decoração, curto bué a área de bricolage e das ferramentas, se calhar porque passei lá muito tempo, quando era mais nova, com o meu mano.

 Já em casa, depois de almoço, fizemos bolachinhas e queria um bolo de chocolate, mas não tinha ovos suficientes para a receita que tinha em mente, fiquei-me pelas bolachas.

Domingo fomos às compras para a casa, fizémos um churrasco e um Bolo de Chocolate! Weee
Ficou bom, mas pequenino, talvez o fermento fora da validade tenha a ver com isso... Limpa a cozinha, lava a loiça, dá um jeito nas casas de banho, dobra a roupa, arruma a roupa, escolhe as fotos de Madrid para revelar... Ufa!
Hora de jantar, bruschettas de tomate e outra de salsicha com queijo! Nham, nham

Amanhã tenho de retomar as idas ao ginásio, já sinto as pernas e os braços mais fraquitos e a minha resistência também já está a diminuir. Só espero que o pé não me doa, nas lidas da casa não se queixou, vamos ver! Também tenho de levar a dieta mais a sério, raios parta os chocolates e o pão que me sabe tão bem!!!

Próximo fim de semana, visita aos papás e fazer iogurtes e granola caseira!

sexta-feira, março 02, 2012

GRRRRR

Se há coisa que me irrita é a falta de consideração de certas pessoas pelo que as rodeia, principalmente quando andam nos transportes públicos.

Hoje, no caminho para o trabalho, no autocarro e depois no comboio, consegui que me batessem com malas no braço, sacos das compras nas pernas, pontapés no meu pé (que ainda tá dorido!) e que uma senhora de leste, com umas pernas de 30 metros, me batesse joelho com joelho. Irra!

Além disso, levei com casacos, que as pessoas, tão gentilmente, resolveram vestir mesmo ao lado da minha cara e fui obrigada a sair do passeio para a estrada (no meio de Lisboa!), porque duas senhoras saíram de um prédio e resolveram que era ali, à frente da porta do prédio, no meio do passeio, o local ideal para decidirem onde iam almoçar, impedindo assim a passagem de quem circulava no passeio.

Por que é que estas pessoas existem para me atormentar, porquê?!

quinta-feira, março 01, 2012

Ainda sobre Madrid

Uma coisa em que reparámos enquanto andávamos pelas ruas de Madrid é que os madrilenos são ávidos comedores de batatas fritas, aquelas tipo Lays ou Titi, era vê-los a passear com um saquinho de batatas pelas ruas, tanto adultos como crianças e nos cafés, ou lojas de conveniência onde as vendiam, era tipo ao quilo, via-se na montra um montinho de batatas e os empregados iam lá com uma pázinha e enchiam os saquinhos, tipo pipocas (pipocas em castelhano diz-se palomitas, sabiam? gosto!).

Ahh e também comem muitas Pipas e o pior de tudo é que vão cuspindo as cascas pelas ruas (blherck!) ... mas é um facto que não vimos muitos madrilenos gorditos, ou então esses estão fechados em casa, não sei...

Madrid

Já fui e já vim... mas já não volto lá mais.
Gostei da cidade e gostei das pessoas, até que foram simpáticos, mais que em Barcelona, mas em termos de beleza e interesse cultural, Barcelona bate aos pontos Madrid, em muito.

Comemos melhor em Madrid do que em Barcelona e não ficámos com a sensação de termos sido enganados, o que acontece em Barcelona, pois nos restaurantes e nos cafés não nos servem bem e cobram em demasia quando vêem que somos estrangeiros, não são muito amigos dos turistas os catalães.

Fomos na Quinta e regressámos na Segunda, mas no Domingo já estava a desejar que chegasse o dia do regresso, o que não é muito normal quando estamos de férias. Mas já estavámos cansados de Madrid, já tinhamos visitado todos os espaços de interesse, andámos na boa, nesses quatro dias, 30km e eu cheia de dores no tornozelo direito, devido a um jeito qualquer que dei, não sei onde nem quando nem porquê, enfim...

O nosso hostel ficava perto do Sol, a  principal praça da cidade, quando saímos do metro demos de caras com um local cheio de pessoas, mal se via o chão. Pessoas que simplesmente passavam por ali a caminho de algum outro local, pessoas paradas a ver quem passava, entre os quais carteiristas, claro, pessoas sentadas nos degraus da fonte, a comer, a conversar, a ver as vistas e muita polícia. Andámos um bocado às voltas à procura da rua que nos levaria ao hostel e lá a descobrimos. Calle del Principe. Adorei as ruas que me levaram até lá e os prédios, com diferentes estilos de arquitectura, bem como a decoração das lojas e cafés da zona.

Depois de fazermos o check-in fomos andar sem destino pré-definido, é o que mais gosto de fazer, andar e descobrir a cidade, tropeçar num monumento ou num local de interesse sem saber como fui lá parar, gosto do acaso e das oportunidades, já a cara metade é completamente o oposto, não gosta de andar "às voltas" e por ele iamos de metro a todo lado, claro que depois era ouvi-lo a queixar-se que tinha gasto muito dinheiro. Nessa primeira volta demos de caras com o museu do Prado, a grande avenida do Paseo del Prado e lá ao fundo a estação de Atocha. Depois subimos por outra rua e fomos dar novamente ao Sol, onde engrenámos numa das ruas que vão dar à Gran Via e percorremo-la parcialmente.

A Gran Via também não é nada de especial, pelos menos para mim, é como Las Ramblas em Barcelona, toda a gente fala nelas e depois, na realidade, o que se ouve é muito melhor do que o que se vê. Ok, vi uma limusina branca Hummer na Gran Via e não é algo que se veja todos os dias. De resto, vi muitos Macdonald's, Pans&Company, Burguer Kings e KFC's, além das lojas/cafés/restaurantes típicos de Madrid, tudo com esplanadas juntinho a uma estrada enorme, onde os carros abundam para um lado e para o outro, juntamente com todos os gases que libertam. Não é, de facto, algo que me agrade e que me encha as medidas.

Em resumo, a parte mais agradável da minha ida a Madrid foi mesmo o dia que passámos no Parque del Retiro. Comprámos comida no supermercado do El Corte Inglès e seguimos para o Parque. Logo às 11h da manhã o parque já estava apinhado de gente, os barcos de aluguer no lago estavam praticamente todos a uso e a criançada sentadita no chão à volta dos teatros de marionetas. Estava muito quente nesse dia, então era ver madrilenos e turistas de t-shirt sentados ou deitados na relva a apanhar sol e a fazer piqueniques, e é isso que me enche as medidas, ver pessoas a confraternizar num ambiente saudável. Foi muito bom e aconselho-o a todos os que visitam Madrid.

Vimos o Palácio Real, a Plaza Mayor, o Templo de Débod (por fora, eles fecham à hora de almoço), visitámos o Mercado de San Miguel e fiquei com pena de não termos lá voltado segunda vez, entrámos no Museu Reina Sofia (ao domingo é gratuito) e tive de ir ao Santiago de Bernabéu, única exigência da cara metade. Adorámos as sandes de presunto, chorizo e queijo no Museo del Jamon (1€ cada!!!) e numa das saídas da Plaza Mayor há uma loja super super amorosa, que vende bolinhos caseiros, rebuçados, chocolates, chupas e torrões, que podemos comprar avulso ou para encher uma das muitas caixinhas metálicas que decoram a loja e lhe dão um ar muito kitsch. Entrei lá três vezes, sempre indecisa sobre o que havia de trazer e no final não comprei nada, fiquei arrependida claro, mas íamos com um budjet e aquilo certamente ia ultrapassá-lo.

Se calhar até sou capaz de voltar a Madrid, a caminho de outro destino qualquer lol, só para me perder naquela loja, revisitar o Mercado de San Miguel e para comer mais uma sandocha de queijo Manchego no Museo del Jamon, ahhh e também para fazer compras numa daquelas lojas (Stradivarius, Zara, Berska) que ocupam um prédio inteirinho de quatro andares. Temptation at its worst... 

terça-feira, fevereiro 21, 2012

Eu e as doenças...

...damo-nos muito bem! Parecemos unha com carne, tal é a simbiose. Todos os anos acontece-me alguma coisa diferente e questiono-me frequentemente se já não chega, porquê eu, mas que é que eu fiz para merecer isto e qual será a próxima... sim, porque irá haver próxima, nem vale a pena pensar o contrário.

Eu sei que estou a ser dramática, derrotista e talvez um pouco exagerada, mas a verdade é que raramente falo sobre isto, não me queixo frequentemente, nem sou hipocondríaca e tento ter sempre um sorriso na cara, no entanto, há dias e dias e hoje apetece-me queixar, apetece-me fazer de coitadinha, enrolar-me em posíção fetal e não fazer nada.

Começou quando eu tinha +/- 17/18 anos, dei um jeito às costas e andei uns dias com dores na zona lombar, consulta no centro de saúde, TAC, resultado hérnia discal junto ao nervo ciático.

Hoje em dia já é uma coisa comum, sabe-se que a maior parte dos portugueses tem um hérnia ou mais e é algo com que se aprende a viver, evitando algumas más posturas e fazendo exercícios que reforcem a zona lombar, contudo não é algo que uma jovem adulta queira no seu CV, certo?

Depois em Janeiro de 2009, após uma série de exames e consultas diagnosticaram-me Doença de Chron, uma doença crónica, auto-imune, que exige a toma diária de comprimidos, análises ao sangue e consultas de rotina de seis em seis meses. Também vivo bem com a doença, não afecta muito o meu dia-a-dia, mas é chato saber que vou ter de viver com isto para o resto da minha vida.

Em Maio de 2009 fiz uma pequena cirurgia, culpa do Chron, a uma fístula perianal. A operação em si não custou muito, nem a recuperação, o momento mais doloroso foi mesmo a anestesia. Ora, eu sou uma pessoa que tem alguma (muita vá!) gordurinha abdominal, no entanto, no resto do corpo até sou "normal" e as mãos em especial são pequeninas (tipo miúda de seis anos) e são praticamente pele e osso, com veias muitooooo fininhas e foi precisamente nas minhas mãos que a enfermeira tentou inserir o catéter para administrar a anestesia. Escusado será dizer que ela tentou em ambas as mãos, mais que uma vez e não conseguiu inserir a agulha. Eu já estava numa posição pouco confortável, não conseguia desviar os olhos das minhas mãos e da agulha, aquilo doía para caraças e vê-la a tentar sem conseguir só me dava mais dores, já eu chorava baba e ranho quando se optou pela anestesia local que não doeu menos. Foram, até agora e que eu me lembre, os piores trinta minutos da minha vida. Tinha 21 anos.

Quando diagnosticaram o Chron, além dos comprimidos, foram aconselhadas a toma de injecções na barriga, de 15 em 15 dias, que eu administrava a mim mesma. Era um pouco doloroso, mas suportável, o chato era ter de ir constantemente ao hospital para levantar a embalagem de seringas e ter mais uma consulta, com um médico diferente para saber como me estava a dar com as injecções. Durante o tempo em que levava as injecções a minha menstruação parou, o que me levou a pensar que seria culpa daquele tratamento, mesmo que os médicos dissessem que não, mas eu já estava farta daquela rotina e por auto recriação deixei as injecções, todavia a menstruação não voltou e surgiram outros sintomas.

Entretanto, em 2010, no dia 10 de Outubro (10/10/10 - nc mais me vou esquecer!), acordei com o lado direito da cara paralisado. Era domingo, estava um dia bonito, tinha planos para a tarde com a minha irmã, que acabaram por ser preteridos devido a uma vìsita às urgências. Foi a primeira e única vez que andei de ambulância e posso dizer que foi assustador, não pela situação em que me encontrava, mas porque a condução do motorista foi aterradora lolol
Já nas urgências descobri que tinha uma Paralisia de Bell, ao menos não tinha sido um AVC, já que nos casos de AVC a recuperação da paralisia não é certa, mas na Paralisia de Bell a recuperação é total. Tomei cortisona durante uma semana e fiz fisioterapia durante dois meses. Estive de baixa durante quinze dias, pois devido à paralisia o meu olho direito não piscava, o que tornava o meu trabalho frente ao computador dificil, já que o olho secava e passado um tempo já não conseguia focar.

Felizmente não ficaram nenhumas sequelas, mas é algo de que me lembro sempre que acordo.

Como este post já está muito grande vou abreviar dizendo que a última doença que me diagnosticaram foi em Julho de 2011. A ausência de menstruação, a alopecia, o hirsutismo, tudo sintomas que eu apresentava, eram culpa do síndrome dos ovários poliquísticos, que foi descoberto através de um ecografia e confirmado por análises ao sangue. O tratamento é simplesmente a toma regular da pílula e exercício físico. Ah, também é uma doença crónica, que em casos mais graves leva à infertilidade, mas para já não quero pensar nisso, apesar da cara metade já começar a insistir em ter um bébé. Enfim... i'll cross that bridge when the time comes.

 E pronto, é este o meu historial médico, falta só a miopia e a propensão para a diabetes, que receio desenvolver caso engravide, mas isso é tema para outro post.

Tudo isto para dizer o que realmente me está a chatear, que é uma dor no ouvido esquerdo, possível otite, que me põe a ouvir tudo em modo zunidos de abelha, isto a menos de dois dias da minha viagem a Madrid.

Obrigada karma, destino, genética por tornares a minha vida tão cheia de eventos... 

segunda-feira, fevereiro 20, 2012

Francisca

Francisca tinha medo de viver, tinha medo de sofrer, de se magoar e não conseguir recuperar.
Tinha medo de morrer a sofrer ou de sofrer e não morrer. Tinha medo da rotina, de não conseguir avançar, de a vida estagnar e lhe faltar a coragem para mudar.
Francisca não queria viver sabendo que podia falhar, tinha medo da derrota, da vingança e de parecer fraca. Tinha saudades do tempo de criança, da vida sem responsabilidade e dos dias de ociosidade.
Francisca queria parar, parar de sofrer, parar a tristeza e o medo de falhar.
Francisca queria deixar de ser a Francisca e desistir…

quinta-feira, fevereiro 09, 2012

Livros

Adoro, adoro, adorooooooo ler...

É um dos meus grandes vícios, aquele que me faz gastar mais dinheiro, mas que me dá imenso prazer, adoro ver as estantes cheias de livros, as lombadas coloridas e não os consigo dar, nem vender, nem levá-los para a arrecadação.

Gosto de os ver, são os meus tesouros e espero um dia poder comentá-los com os meus filhos, que esperam saiam a mim, pois a cara metade não gosta de ler (nem sei se alguma vez leu um livro até ao fim) e não entende como é que compro um livro e o acabo em dois/três dias, tenham 300 ou 600 páginas, ou que os leve para todo o lado, ou que gaste tanto dinheiro em livros, mas é um vício, que hei-de fazer?!

De há uns dois/três anos para cá que só leio, praticamente, livros de fantasia, é o meu género preferido, talvez por ser o que me transporta mais para fora da realidade, o que me permite sonhar e esquecer o dia-a-dia, com todas as suas chatices rotineiras e problemas do quotidiano. O problema deste género literário é que os autores de fantasia nunca páram de escrever!!! Há sempre uma sequela ou uma prequela, há sempre uma continuação qualquer e isto leva-me sempre às livrarias à procura do livro seguinte e por conseguinte a gastar o belo do dinheirito. Neste momento tenho cerca de cinco colecções incompletas, sendo que cada uma delas já tem, pelo menos, quatro livros editados e os autores ainda não escreveram os livros seguintes, ou já estão escritos mas não estão traduzidos e aqui a "agarrada" espera e desespera pelos volumes seguintes. GRRRR

Neste dia em que vos escrevo estou a ler o livro dez d'As Crónicas de Gelo e Fogo, de George R. R. Martin e já vou praticamente a meio, nem quero pensar quando chegar ao fim, é que ele ainda não escreveu o livro seguinte e esta fantasia é tão complexa, com tantos personagens, todos com voz no livro, com tanta intriga e voltas e reviravoltas, que temo que o Sr. não vá acabar a história antes do fim da sua vida. Bem, fingers crossed...

Agora vou ali ler mais um bocadinho...


terça-feira, fevereiro 07, 2012

Back in business

Hoje recomecei os meus treinos e treinei a sério, ora vejam...

Fiz trinta e cinco minutos de bicicleta, 12.2km, 209 calorias perdidas;
Mais quinze minutos de passadeira, já não me lembro se foram 1.2km ou 2.2km, mas sei que foram cerca de 90 calorias;
Mais exercícios de braços, costas e pernas, só faltaram mesmo os abdominais e os agachamentos, mas amanhã também é dia.

Total de 1h30 a soar as estopinhas e pela primeira vez não saí do ginásio com as pernas bambas, se calhar a tal semanita de interregno até fez bem, soube-me pela vida este treino e amanhã conto lá estar novamente.

segunda-feira, fevereiro 06, 2012

Hell of a week...

Tenho andado desanimada, não tenho vontade de fazer nada. A semana que passou não fui ao ginásio, tinha a cabeça em frangalhos e precisava muito de dormir e só tive boas noites de sono porque antes de me deitar tomava um ben-u-ron. A cabeça doeu-me a semana inteira e as costas idem, foi uma semana para esquecer.
O fim-de-semana correu bem. No sábado foi dia de gastar dinheiro em lazer. Depois de um acordar tardio, o pequeno almoço à frente da TV a ver as séries que não vi durante a semana, depois banhoca e saímos para Lisboa, para um almoço tardio na pizzaria Casanova, em Santa Apolónia.
Depois voltámos para a margem Sul e fomos ao cinema, vimos Um homem no limite, com o Sam Worthington (Avatar) e gostámos muito. O filme não é nada previsível, tem partes engraçadas e outras de ficar com os nervos em franja, é muito bom mesmo. Depois do filme jantámos umas sandes e sopinha e fomos para casa, enroscar-nos no sofá até o sono chegar.
Já no Domingo não saímos de casa, foi dia de tarefas domésticas e de experiências culinárias. Fiz iogurtes na Bimby. Iogurtes líquidos de morango e banana e iogurtes sólidos de maçã, laranja e bolacha maria. Ainda não os provei, mas de aspecto ficaram espectaculares.
Hoje é segunda e espera-me uma semana também algo preenchida, por isso já estou a desejar que chegue sexta.
Amanhã tenho mesmo de ir ao ginásio, já “recuperei” alguns gramas… L

segunda-feira, janeiro 30, 2012

Senhores da estação de comboio de Entrecampos

Obrigada por pararem todas as escadas rolantes a partir das 22h. Era o exercício que me faltava depois de hora e meia de ginásio e oito horas de trabalho, subir três lanços de escadas. Obrigada!

Claro que podia subir para a plataforma de elevador, pois podia, mas então que moral teria eu para falar mal das minhas colegas de ginásio que não se conseguem vestir de pé? Além disso, fiz disso o meu objectivo para o ano de 2012, acabar de subir os três lanços de escadas sem que no final fique a arfar.

Já consigo subir dois lanços na boa, tenho até Dezembro, para alcançar o meu objectivo, acho que vou conseguir. Não gosto de ser muito exigente comigo... :)

sexta-feira, janeiro 27, 2012

Bom dia!

Não fui ao ginásio e também não consegui dormir, raios parta! Tenho a cabeça cheia de coisas que preciso e quero fazer, mas também não me apetece fazê-las, detesto quando isto acontece! Amanhã os meus sogros vêm cá a casa, tenho de preparar o almoço e dar um jeito à casa, mas em vez disso estou no sofá , de mantinha nas pernas a escrever no blog, bolas para a preguiça. Culpo a TPM... Espero que a próxima semana corra melhor! ( pensava que escrever no iPad não ir dar jeito nenhum, mas até que correu bem )

quinta-feira, janeiro 26, 2012

Ginásio

Amanhã é dia de ir ao ginásio e hoje já estou a tentar ganhar coragem para me levantar cedo. É dificil levantar da cama quando a nossa caminha é tãoooooooo confortável e quentinha e lá fora está frio, as pessoas atropelam-se para entrar no comboio/metro, para terem lugares sentados e junto à janela (ou ao corredor). Eu sei que muitas pessoas devem sentir o mesmo que eu, talvez seja por isso que se atropelam uns aos outros, enfim.

Realmente custa acordar cedo para estar no ginásio, no entanto, sabe realmente bem quando acaba um treino e estou encharcada em suor (bela imagem, eu sei...) e me dirijo para o banho. É uma das vantagens de estar no balneário do ginásio, posso estar imenso tempo debaixo do chuveiro, sem ter de me preocupar com a conta da àgua, relaxar os músculos e ficar com o sentimento de dever cumprido.

É claro que depois há sempre a parte mais desconfortável da experiência do balneário feminino, mamas e rabos por todo o lado!!! Se eu fosse lésbica estava no paraíso, contudo os meus gostos diferem um bocadinho e não me apetece olhar para rabos descaídos, com celulite e, imagine-se!, de fio dental! Visão do demo, completamente, não sei como aquelas mulheres se sentem confortáveis, ao pé daquilo o meu rabo parece saído do catálogo da Triumph e dou graças por o ter ao invés "daquilo".

E depois são as expressões do costume, que se repetem TODOS OS DIAS, "aiiii qu'isto hoje tá tão cheio!", "ai aqui já não há cacifos livres da parte de cima, vamos ver ali..." e entretanto, estou eu a tentar vestir a roupa interior sem dar uma cotovelada na mulher que está ao meu lado. Depois há aquelas senhoras que não sabem, repito, não sabem respeitar o espaço de cada um e partilhar. Existe um banco, apoio, como lhe queiram chamar, entre as fileiras de cacifos que nos permite pousar a mala, apoiar o pé para colocar creme nas pernas, whatever, que supostamente é para ser partilhado por todas, mas (já estão a ver o que vem aí né?) há sempre uma chica esperta que acha que o banco é só dela, então espalha por lá os cremes, as toalhas, as meias, as cuecas, o casaco, TUDO.... e eu olho para ela e penso "onde raio vou pousar o meu pézinho para pôr o creme?!" e no final lá me decido pelo equilibrismo. Já para não falar daquelas senhoras que não sabem fazer nada sem estarem sentadas, usam o tal banco, sentam-se (às vezes em cuecas... argh!) para calçar/descalçar as meias, para vestir/despir as calças, pôr/tirar os sapatos, e eu penso, como é que andam no ginásio se não conseguem fazer nada de pé??! E as que se penteiam e põem brincos para ir treinar, isso é que me faz rir à brava, onde é que elas pensam que estão? Se calhar sou eu que não percebo nada de ginásios e aquilo é suposto ser um show-room e não um lugar para perder calorias... mulheres.... :P

Feitos e Feitios

Tenho um feitio díficil, sou teimosa, orgulhosa, respondona e fria, o que já originou muitas crispações com colegas de trabalho e colegas de escola, mas por outro lado também consigo ser divertida, boa ouvinte e amiga do meu amigo, por isso é que muitas vezes não percebo as reacções negativas que têm comigo.

Se eu consigo deixar para trás algumas respostas mais tortas, algumas atitudes menos positivas que têm comigo, por que é que quando sou eu a responder me tratam como se fosse a pior pessoa do mundo?

Já fui muito maltratada por pessoas que julgava serem minhas amigas, pessoas a quem eu ajudei em momentos menos bons e que dei o meu apoio para ultrapassar situações difíceis e que depois, num abir e piscar de olhos se esquecem de mim e tratam-me como se fosse uma simples pessoa conhecida e não uma pessoa com quem já partilhou os bons e maus momentos da vida. Isso deixa-me muito triste e creio ser por isso que é tão díficil para mim, hoje em dia, me dar bem com alguém, me dar a conhecer como realmente sou. De facto, há dias em que gosto simplesmente de estar só comigo, que evito ter companhia, noutros dias sinto falta de uma pessoa mais chegada com quem possa falar abertamente sobre tudo, mas acho que o tempo de ter "melhores amigos" já passou, acho que essa ideia é algo da infância e da adolescência, mas sinto falta e essa é a verdade.

Com o tempo também me tornei muito boa a esconder os meus sentimentos, não verbalizo quando me sinto magoada, não respondo quando me tratam mal e penso sempre mil e uma vezes naquilo que devia ter respondido na altura em que me fizeram mal, mas no final, nunca o faço e acabo por "descarregar" em quem não merece, contudo não é algo que faça de propósito, a pessoa chegou no momento errado e por azar disse as coisas erradas e eu descontrolo-me. Podia pedir desculpa, claro que podia, não fosse eu orgulhosa... Por vezes o meu pensamento para não pedir desculpa na altura é, "respondi-te mal agora, noutro dia és tu a responderes-me mal e aí ficamos quites...". Será que isto é uma reacção saudável? Ou estou para lá de qualquer possível reparação?

quarta-feira, janeiro 25, 2012

Férias

Ando tão cansada nos últimos dias, desde Setembro que não faço férias, um ou outro fim de semana prolongado e mesmo esses sempre ocupados. Ao fim de semana não me apetece fazer nada, só ficar no sofá a vegetar e a ver as minhas séries que a box da MEO tão gentilmente grava, contudo é preciso limpar a casa, ir às compras, tratar da roupa, planear almoços e jantares e ainda ter tempo livre para ser passado a dois. É claro que há também os fins de semana em que vou ver os meus pais, ou os pais da cara metade, que moram a cerca de 40min de nós e pronto, "perde-se" mais um dia de descanso no meio destas viagens. O fim de semana deveria ser maior, eu preciso de um fim de semana maior, tudo o que tenho para fazer não dá para fazer só em dois dias...

Tirar férias era uma boa opção, mas diz que não pode ser, vamos ter muito trabalho nos dias que se seguem e é preciso estarmos cá todos, blá blá blá e entretanto o meu cérebro frita.

Ontem estávamos os dois na cozinha, eu a fazer ovos mexidos para trazermos no dia seguinte na marmita, ele a lavar a Bimby (sim, sou fã da Bimby - faz as melhores sopas do mundo!) e viro-me para ele e digo:

- Depois tiras a loiça da máquina e pões no alguidar para eu ir estender, sim?

Claro que ele me olhou com ar de quem achou que eu estava louca e começou a sorrir e eu a pensar, o que é que eu disse?, só pude responder àquele ar de gozo com um, oh tu percebeste!, e continuei a mexer os ovos.

Resumindo, preciso mesmo, mesmo de férias. E as próximas só serão daqui a um mês e por apenas uma semana. Vamos a Madrid e claro que não vou descansar, há muita coisa para ver e muitas tapas para comer... posso sempre ter um esgotamento até lá e aí sim, têm de me dar férias, certo???

Turbilhão de ideias

Ontem a caminho de casa pus-me a pensar qual seria o tema do meu segundo post, ora bem, não encontrei só um tema, encontrei um turbilhão de ideias sobre as quais poderia discursar e dar a minha opinião, mas não convém que o segundo post seja do tamanho do universo, por isso, achei por bem organizar as minhas ideias.

Assim, é possível que no futuro leiam coisas como as minhas idas ao ginásio (já lá vai quase um mês) e as pessoas que encontro por lá e que me põem os nervos em franja, nomeadamente, as outras utilizadoras do balneário e os seus hábitos completamente irritantes. É possível que também vejam descritos aspectos da minha vida a dois (nada de muito sórdido), situações caricatas do dia-a-dia de uma desastrada (eu!) e até críticas a livros, séries e filmes, ou não fosse eu, uma completa viciada em estórias, quer em papel, quer na tela.

Ora bem, é a isto que me proponho e espero conseguir escrever todos os dias para acalmar o bichinho das letras, que andava irrequieto e que constantemente pedia desafios.

Agora vou ali trabalhar um bocadinho... :)

terça-feira, janeiro 24, 2012

O primeiro ...

Bem... o primeiro post, tem de ser algo interessante, algo que cative quem me lê (ou virá a ler), algo que marque o tom do que se irá seguir por aqui, algo que me defina... ora bem, o que dizer, por onde começar?
Primeiro, este blog pretende ser um escape para as minhas horas mortas, onde possa desabafar aquilo que não consigo (ou posso) verbalizar, quero escrever sobre tudo e sobre nada, quero ter um espaço onde possa escrever aquelas ideias malucas que me chegam durante o sono e que eu acho que dariam livros espectaculares (é só a mim que isto acontece? wishful thinking talvez?), um espaço onde espero que as pessoas possam comentar o que escrevo, sempre gostei que falassem sobre mim (not!), que se identifiquem ou simplesmente onde gostem de vir passar o tempo, que foi basicamente como eu comecei a ler blogs, para passar o tempo, até que se tornou uma "obsessão", daquelas saudáveis, que permitem rir e sorrir, sonhar, às vezes sentir uma pontada de inveja e por vezes agradecer por não se tratar da nossa vida.

Bem, acho que escrevi aquilo a que me propunha. Será um bom primeiro post? Talvez...
Podia ter escrito melhor? Definir melhor os meus objectivos? Talvez...
No entanto, escrevi aquilo que me apetecia e aquilo que me ia na cabeça no momento e, de facto, as reacções espontâneas são sempre as mais genuínas.

(Dei-me conta que estou realmente muito enferrujada no que toca à escrita, estou há muito tempo sem pôr as ideias por escrito e sem exercitar o lado criativo, consequências do trabalho repetitivo, monótono e com pouco espaço de manobra a que estou entregue...mas, isso irá mudar... espero!)